sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Bagunça

Estou uma bagunça.
E... dizer isso publicamente, para um número pouco considerável de estranhos, não me parece muito promissor.
Sabem, não vai mesmo resolver nada, nem colocar as coisas no lugar. Talvez, por isso tenho escrito tão pouco aqui... e muito mais em pedaços aleatórios de papel (guardanapos, notas fiscais, o mais variado número de cadernos que possuo...).
Porque não importa.
Não interessa.
A bagunça permanece em mim... refletida inclusive nessas minhas palavras.
Mas, mesmo assim estou aqui escrevendo... porque, mesmo que nada mude, o ato de escrever (chamado de ato solitário) é também libertador... mesmo quando suas palavras não fazem sentido, mesmo quando não são interessantes para mais ninguém além de você, mesmo quando você nem ao menos sabe o que deve (dever é uma palavra tão forte e ditadora) escrever. Minha bagunça ultrapassa minha condição emocional e interna e pula pra fora, para o meu guarda-roupa (não queira mesmo vê-lo agora) e para minhas expressões... as faciais, as faladas. Sou uma bagunça do tipo Everest agora. Pilhas de sentimentos, ondas gigantes de lágrimas, montanhas de palavras querendo sair...
Será que posso encontrar o meio? Equilíbrio?
Preciso.
E... preciso arrumar meu guarda-roupa... vou fazer isso amanhã.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Sobre as pequenas coisas

Gosto de observar o mundo.
Não naquele estado contemplativo que os grandes gênios e pessoas realmente inteligentes costumam entrar. De onde vem as grandes invenções e descobertas.
Sou mais uma observadora pensativa. Gosto de analisar pensamentos por trás de ações e palavras. Gosto de ver interações. Gosto de ver pessoas sorrirem. E dos motivos que as fazem sorrir.
Sou uma observadora pensativa.
Gosto das pequenas coisas.
Mas, o que fazem das coisas pequenas? E por que essas coisas, a pesar de pequenas, são tão comentadas?
Bem, eu não sei.
Lembra o que eu disse sobre não ser um gênio contemplativo?
Mas, gosto dessas coisas pequenas.
Aquelas bobagens que as vezes são ações automáticas nossas e que valem tanto para outras pessoas. Um bom dia, um sorriso, uma mensagem inesperada para um amigo, uma adesivo de caderno, uma frase boba escrita no retrovisor de um transporte publico... esses esforços que nem são tão esforçados assim, mas que às vezes valem tanto que você não faz nem ideia.
Acho que a graça das pequenas coisas está aí. Ela são discretas, humildes, não querem chamar atenção, mas por serem inesperadas... são especiais. Também acho que grandes ideias também podem vir de observadores pensativos. E que o cara no transporte público não sabe, mas fez alguma garota sorrir com a frase no retrovisor. E tudo é meio bobo, mas as coisas bobas são divertidas. E são pequenas coisas. O que, no final das contas, é bom. Não é?"


Sobre desculpas

Poderia passar horas aqui falando sobre por que não tenho escrito como antigamente.
 As desculpas são infinitas...
Muitas vezes não escrevo por não ter inspiração, outras por não ter tempo (rainha de todas as desculpas ruins), outras tantas por estar tão tomada pelas palavras que elas simplesmente não conseguem se organizar numa fila... organizada e sair, e tomar forma. 
Mas, desculpas são exatamente o que parecem ser: justificativas bonitinhas. Enfeitadinhas. E outros diminuitivos fofos.
Não tenho escrito... por que simplesmente, ou talvez, não sou mais a mesma pessoa que era quando escrever era como respirar. Há muitas variáveis. Há muitos afazeres. Há poucos momentos para parar, respirar, e colocar sentimentos e momentos e vontades e ansiedades e ideias em uma ordem que seja compreensível para serem compartilhados com outros. Com você.
Mas, aí está você.
E aqui estou eu.
Estou escrevendo.
Escrevendo novamente.